Em nosso documentário temos quatro personagens principais, são elas: A médica Albertina Duarte, a ex-deputada Ana Martins, a advogada Mercedes Lima e a jornalista Vilma Amaro.
Essas mulheres tiveram um papel fundamental para a resistência durante a Ditadura Militar.

Ana Maria Martins
Ex-deputada estadual por São Paulo e ex-vereadora da capital pelo PCdoB (Partido Comunista do Brasil).
Ana Maria viveu sua infância na zona rural de São Paulo, filha de agricultores, ingressou na escola somente aos 13 anos, nessa mesma época se tornou operária, para ajudar no sustento da família. Devido às péssimas condições de trabalho, Ana Maria resolveu participar do movimento operário e da Juventude Operária Católica (JOC), ela também fez o magistério no Instituto de Educação Fernão Dias Paes, onde se articulou junto a um grupo da Juventude Estudantil Católica (JEC), onde se envolveu com trabalhos de alfabetização nas periferias e passou a se organizar também através da Ação Popular (AP).
Na década de 1970, Ana Maria se filiou ao PCdoB, associada até os dias de hoje. Durante seus mandatos como deputada estadual e vereadora, participou ativamente de organizações como o Clube de Mães e o Movimento Contra a Carestia, nos quais também adquiriu experiência na militância feminista.
Jornalista, Diretora do Núcleo Tortura Nunca Mais, Diretora regional no ABC Paulista do Sindicato dos Jornalistas do estado de São Paulo e Presidente da ACAT (Ação dos Cristãos para Abolição a Tortura).
Vilma entrou para militância, quando morou no CRUSP (Conjunto residencial da USP) pelo Movimento Estudantil, mais tarde ela entrou para o Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT), defendia a união dos operários, soldados, camponeses e estudantes através de uma frente de trabalho de mobilização.
Durante o regime, Vilma trabalhava na redação do jornal Última Hora e acabou perdendo seu emprego em 1968, quando foi presa por participar do 30º Congresso da UNE realizado clandestinamente em um sítio na cidade de Ibiúna.

Vilma Amaro

Médica Ginecologista e Obstetra, Diretora da Comissão Científica da SOGIA (Associação Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência). Recebeu premiações nacionais e internacionais de ginecologia. Desde 2015 é Coordenadora Estadual de Políticas para Mulher.
Sua ação principal durante o regime foi através do Socorro Vermelho (Ação Internacional, organizada por profissionais dá saúde para socorrer perseguidos políticos). Albertina atendeu diversas mulheres que foram presas e torturadas de forma clandestina durante a Ditadura, entre 1970 e 1975, nos hospitais Pérola Byington e Hospital das Clínicas.
Albertina Duarte Takiuti
Graduada em Direito pela USP, Mestre em Direitos Humanos Difusos e Coletivos Relativos à Imagem da Mulher na Mídia pela UNIMES, Professora universitária e Membro do Conselho da Condição Feminina do Estado de São Paulo.
A Militância de Mercedes durante o regime foi focada no Movimento Feminista, ela defendeu os direitos das Mulheres, participou de diversos protestos e comícios, mostrando indignação com o governo da época, filiou-se ao PCB (Partido Comunista Brasileiro), onde lançou sua candidatura para Deputada federal na eleições de 2018, dentro do partido realizou e pautou ações em prol do movimento feminista.
